O sonho também é vida, ainda que vivida no limiar da loucura, muito rente ao desespero de ser sempre só. Sonhamos como sentimos, ininterruptamente, num contínuo caminhar em direcção ao longínquo, o quase inalcançável longínquo. Sonhamos como sentimos; sem o querer, sem o saber, sem o perceber. É vida com travo incerto a cada minuto que passa, como a trajectória de uma lágrima escorrendo pela vidraça. Sonhar também é viver; é alimentar a alma esfomeada de desejo, sempre mais longe do que perto de berrar de desespero pela calma tranquilidade.
Faz-me falta o sonho, como a todos. E a falta faz-me viver. E viver é também sonhar.
Faz-me falta o sonho, como a todos. E a falta faz-me viver. E viver é também sonhar.
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